Buda
O “Buda Eterno” não é um deus, não nos julga, condena, nem concede privilégios. Não é, tampouco, um conceito de justiça universal, mas “simplesmente” a Sabedoria intrínseca da vida (Shunya Prajña). Para o Budismo, o Sagrado é a própria Vida que se move, impulsiona a matéria e todos os seres, ocasionando os fenômenos que são vazios e marcados pelo tempo (é o contínuo vir-a-ser ao incontrolável devir). Esta Lei não é a matéria, tampouco, um ente externo a ela. Este Sagrado está tipificado na literatura pela figura do Buda Dainichi (Vairocana), a “suprema divindade”, a essência, a última realidade, aquele que subjaz todas as coisas e se expressa nos Cinco Elementos do mundo.